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TRISTEZA PARASITÁRIA BOVINA

Saúde Animal

A Tristeza Parasitária Bovina (TPB) é uma doença infecciosa parasitária, tendo como agente etiológico dois parasitas: uma riquetsia do gênero Anaplasma (Anaplasmose) e um protozoário do gênero Babesia (Babesiose). O vetor mais comum destes parasitas é o carrapato  Riphicefalus Boophilus microplus. No entanto a transmissão pode também ser feita por moscas hematófagas e por tabanídeos (mutucas).

No Brasil, as espécies dos principais agentes etiológicos desta enfermidade são: Anaplasma marginale, Babesia bovis e Babesia bigemina. O impacto econômico desta doença está relacionado com a redução da produção de carne e leite, o custo do tratamento, gastos com medidas preventivas, quando há a introdução de animais de áreas livres em áreas endêmicas, por causar infertilidade temporária do rebanho bovino, mas principalmente devido à mortalidade dos animais.

Os sinais clínicos apresentados pelos animais afetados pela TPB, começam com um quadro de intensa apatia e prostração; as mucosas oculares apresentam-se intensamente pálidas ou amareladas, indicando anemia ou icterícia, respectivamente; febre alta (acima de 40°C); pêlos arrepiados e ásperos; urina com cor de chocolate (hemoglobinúria). Nos casos de babesia causada pela B. bovis, os animais irão apresentar sinais neurológicos, especialmente relacionados à locomoção, como andar cambaleante, incoordenação, principalmente dos membros posteriores; tremores musculares; agressividade e quedas com movimentos de pedalagem, evoluindo para óbito dentro de 3 dias.

O tratamento da TPB é feito com medicamentos que possuem ação direta sobre a Babesia spp., à base de diaminazina, e o Anaplasma spp. à base de oxitetraciclinas. Quando a infecção for mista, ou seja, Babesia spp. juntamente com Anaplasma spp., recomenda-se a administração do Imidocarb ou a associação Diaminazina + Oxitetraciclinas. É necessário o uso de suplementos, como tônicos fortificantes, minerais, vitaminas, aminoácidos e antitóxicos, auxiliando na recuperação do animal.

É essencial que a propriedade faça a adoção de programas de controle parasitário, a partir da utilização racional e sequencial de produtos carrapaticidas com intervalos pré-determinados e em épocas de menor desafio parasitário, favorecendo o controle da população de carrapatos e reduzindo o nível de infestação nas pastagens e nos animais. O ideal é procurar a orientação de um médico veterinário e seguir corretamente as informações prescritas nas bulas dos medicamentos. Recomenda-se ainda o controle de esterqueiras evitando a proliferação de moscas na propriedade.

Uma pecuária que se torna a cada dia mais profissional não pode trabalhar sem gestão da sanidade. Precisa buscar as ferramentas tecnológicas disponíveis para aumentar a qualidade do controle sanitário do rebanho. Isto não significa necessariamente nenhuma arma revolucionária. A tecnologia, às vezes, pode estar no uso de recursos já conhecidos de maneira mais racional no controle estratégico da TPB, esta tecnologia se chama QUIMIOPROFILAXIA.

QUIMIOPROFILAXIA é definida como a prevenção (ou profilaxia) do desenvolvimento de uma doença através do uso de medicamento quimioterápico, originalmente destinado ao tratamento.

No caso da TPB, esta tecnologia está especialmente indicada nas circunstâncias epidemiológicas de alto risco, quando o manejo favorece a exposição de bovinos sem imunidade aos carrapatos. O medicamento indicado para os programas profiláticos é o IMIZOL, porque é o único a agir tanto contra Babesia quanto contra Anaplasma, e ter efeito por período prolongado. Na QUIMIOPROFILAXIA da TPB, associa-se o IMIZOL à exposição dos animais suscetíveis aos vetores.

A QUIMIOPROFILAXIA da TPB com IMIZOL tem sido usada com sucesso  na rotina de manejo em diferentes regiões do Brasil, o que demonstra a irreversível evolução da nossa pecuária em direção a uma gestão profissional.

IMIZOL: mais que remédio, é prevenção.