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Doenças transmitidas pelo carrapato

Saúde Animal

Babesiose canina

A babesiose canina é uma doença causada por um protozoário do gênero Babesia (B. canis / B. vogeli / B.gibsoni), o qual infecta os glóbulos vermelhos (hemácias) podendo levar à anemia e até a morte se não for diagnosticada e tratada a tempo.

A babesiose é transmitida através da picada do carrapato infectado. A transmissão de Babesia canis pode ocorrer em até 48 horas ou mais após a fixação do carrapato infectado. O carrapato se infecta quando ingere sangue de um animal já infectado pela Babesia.

Após entrarem nos glóbulos vermelhos do cão o protozoário (Babesia) se multiplica dentro da célula e posteriormente rompem essas células. Ao mesmo tempo vão invadindo outras células e se disseminando pelo organismo do animal infectado.

Os fatores mais importantes sobre essa doença estão relacionados a destruição de glóbulos vermelhos e consequentemente a anemia provocada por essa ação.

Os sinais clínicos mais frequentes em um cão com babesiose variam de acordo com a gravidade do quadro, podendo ser leves na forma subclínica ou pode levar o animal a óbito em infecções mais graves. Durante a infecção aguda o animal apresenta febre, anemia, urina de coloração escura e mucosas amareladas, o que dá lugar a graves lesões no fígado e outros órgãos.

Rickettsiose canina

As doenças produzidas por rickéttsias estão entre as mais antigas transmitidas por artrópodes no mundo. O carrapato se infecta principalmente quando ingere sangue de um animal afetado pela bactéria, particularmente roedores jovens ou o cão.

Os humanos são hospedeiros acidentais desse microrganismo, e a infecção ocorre quando o carrapato infectado se alimenta e inocula as partículas infectantes junto a sua saliva.

As rickettsioses nos cães da América do Sul costumam ser produzidas pela espécie Rickettsia rickettsii, a mesma espécie causadora da Febre Maculosa, que é uma doença bastante grave.

Nos cães a doença tem manifestações bastante variáveis decorrentes da invasão e replicação nas células endoteliais de pequenos vasos. O dano subsequente à célula endotelial inicia uma inflamação desses pequenos vasos. Os órgãos com circulação endarterial, como a pele, o cérebro, o coração e os rins, são afetados de maneira mais nociva.

O período de incubação varia de 2 a 14 dias. Febre é um dos primeiros e mais consistentes sinais, além de abatimento do animal, sangramentos nasais ou conjuntivais (olhos).

É uma doença frequente em toda a América Latina, onde sua presença e manifestação clinica dependem exclusivamente da presença dos carrapatos vetores e do cão.

A proteção do cão contra carrapatos é fundamental para prevenção da transmissão da Rickettsia rickettsii, visto que o carrapato é o vetor da bactéria.

Ehrlichiose e Anaplasmose caninas

Ehrlichia canis foi identificada pela primeira vez em 1935 em cães infestados por carrapatos que apresentavam febre e anemia. O transmissor dessa doença é o carrapato Rhipicephalus sanguineus, o carrapato comum do cão.

A anaplasmose é uma hemoparasitose (doenças causadas por protozoários, helmintos ou bactérias que atingem os animais por meio da corrente sanguínea) causada pela rickettsia Anaplasma platys, que parasita as plaquetas e é transmitida pelo carrapato Rhipicephalus sanguineus.

A erlichiose e a anaplasmose são duas enfermidades muito comuns em toda a América Latina, principalmente em regiões tropicais onde a alta infestação por carrapato promove a presença constante do parasita no cão, aumentando assim a possibilidade de transmissão da doença.

Tratamento das infestações por carrapatos em cães:

Os tutores dos animais de estimação e os veterinários devem trabalhar em conjunto para fazer um controle eficaz dos carrapatos. Não só para eliminar sua presença nos animais de companhia, mas também para evitar a transmissão de doenças zoonóticas (transmitidas dos animais para o humano), alterações na imunidade do animal, anemia, paralisia e outros sintomas. Ao considerar as opções de controle, deve se levar em conta 4 pontos:

  • A velocidade de eliminação do carrapato por conta do antiparasitário utilizado: o mesmo deve cessar o processo de alimentação do parasita antes que ele transmita a doença;
  • Distribuição sistêmica do antiparasitário, garantindo que o parasita entrará em contato com o princípio ativo onde quer que ele esteja no cão;
  • Alta eficácia durante todo o período de ação do produto;
  • Que o tutor do animal mantenha o tratamento periódico do animal sem que haja brechas na barreira de proteção.

Os resultados que se observaram a campo mostram que a eficácia de alguns produtos tópicos pode não ser tão uniforme e duradoura, por isso foram desenvolvidas novas drogas, como as Isoxazolinas, mais efetivas na eliminação de pulgas e carrapatos, que agem de forma uniforme (por todo o corpo do animal). O Fluralaner, por exemplo, age por um longo período (12 semanas – BRAVECTO®).

Essa nova classe de drogas faz com que ocorra paralisia e morte rápida do parasita reduzindo ao máximo o risco de transmissão de qualquer uma das doenças citadas acima. São administradas por via oral em forma de comprimidos mastigáveis, o que garante que tenham ação sistêmica, distribuindo-se por todo o corpo do cão.