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Vacinas para cães, quando e por que vacinar

Saúde Animal

Você sabe quais vacinas o seu cão precisa tomar e quando? Caso você não saiba, não tem problema, este texto vai te ajudar a entender de forma rápida e fácil o funcionamento do processo de vacinação.

O protocolo vacinal de pequenos animais pode variar dependendo do país e das doenças que ocorrem onde o animal se encontra, fatos que o Médico Veterinário levará em consideração na escolha do protocolo aplicado.

Primovacinação

A primovacinação consiste na primeira vacina do protocolo que faremos no animal. Dependendo da raça, do estilo de vida e do local onde se encontra o cachorro, podemos fazer diferentes protocolos, os quais devem ser escolhidos pelo Médico Veterinário.

Nesse momento, as doenças que podem levar o cachorro à óbito são principalmente a Cinomose e a Parvovirose, e devem ser o foco da nossa atenção em filhotes.

Preconiza-se que a última dose deve ser aplicada entre a 12ª e a 16ª semana de vida do animal, período onde o animal obterá a melhor resposta ao protocolo. O primeiro protocolo vai abranger entre 3 e 4 doses de vacina múltipla além de uma dose de raiva. Podemos acrescentar ao protocolo a vacinação da tosse dos canis (se o veterinário julgar necessário), podendo ser 1 aplicação (intranasal) ou duas aplicações (vacina injetável).

Revacinação Anual

Após o protocolo de vacinação estar completo, o animal deve voltar ao consultório quando fizer um ano de idade para a revacinação anual. Nessa etapa, fazemos apenas uma dose da vacina polivalente e a vacina da raiva. A vacina da Tosse dos Canis também pode ser refeita nessa fase. Após essa vacinação, fica fácil o proprietário lembrar que sempre que o animal fizer aniversário, deve voltar ao médico veterinário para ser vacinado.

Vacinas Polivalentes

Temos vários tipos de vacinas polivalentes no mercado. Conforme os estudos vão avançando e novas descobertas são feitas, os produtos são aprimorados na sua composição.

A fração viral das vacinas geralmente tem na sua composição:

– Parvovírus;

– Vírus da Cinomose;

– Adenovírus canino (Hepatite e Traqueobronquite);

– Vírus da parainfluenza canina;

– Coronavírus.

Este último, porém, foi reclassificado pelos guias internacionais de vacinação de pequenos animais, onde passou de uma vacina optativa para uma vacina não recomendada. Isso se deve ao fato de que as infecções causadas por esse vírus são normalmente subclínicas (não apresentam sinais de doença), além disso, o vírus é isolado comumente em animais adultos, mas não é um patógeno entérico primário (ou seja, não é a causa primária de sinais clínicos).

Hoje a indústria já oferece no mercado uma vacina polivalente livre de Coronavírus. Assim, a vacinação do animal tem apenas o essencial, fazendo com que toda imunidade formada pelo cão seja utilizada para doenças que realmente o coloquem em risco.

Além da fração viral da vacina, existe também a bacterina (fração que contém a bactéria inativada), a qual faz proteção contra a Leptospirose (doença causada pela bactéria Leptospira). Nesse ponto, existem vacinas que contém dois sorovares de Leptospira (canicola e icterohaemorrhagiae), e vacinas que contém quatro (canicola, icterohaemorrhagiae, pomona e gryppotyphosa).

Sobre a Leptospirose, o médico veterinário deve analisar a presença ou ausência de cada sorovar na região para decidir que vacina utilizará para vacinação. Além disso, o estilo de vida que o cão leva é importantíssimo para a decisão. Sorovares pomona e grippotyphosa só foram identificados em cães de caça ou que vivam em áreas rurais, pois apenas esses têm contato com os portadores naturais desses sorovares (gambás, lebres, ratos silvestres, etc).

Isso é importante pois devemos vacinar nossos animais apenas com o essencial, para que eles convertam a vacina apenas em anticorpos que realmente protejam eles do que estão sendo desafiados no ambiente. O aumento de antígenos predispõe ao aparecimento de maior número de reações de hipersensibilidade, o que confirma a indicação de vacinação apenas para sorovares prevalentes na região onde o animal vive.

Dicas para vacinação

  1. Mesmo cães dóceis, devem ser conduzidos ao veterinário por pessoas que possam controlá-los e fazer com que se sintam um pouco mais seguros no momento de realizar a aplicação das vacinas.
  2. Cães bravos devem estar com coleira e focinheira, para que não venham a causar danos tanto para o proprietário do animal, quanto para o veterinário.
  3. Nunca deixe que uma criança fique responsável por levar o cão para vacinar, pois mesmo animas dóceis podem ficar alterados durante a aplicação das doses.
  4. Cães com a saúde debilitada (diarreia, febre e outros sintomas), nunca devem ser vacinados. É necessário esperar pela recuperação do animal para aplicar as doses das vacinas.

 

A fonte das informações é a publicação de 2016 do Guia de Vacinação do WSAVA (Associação Mundial de Veterinários de Pequenos Animais).