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Tristeza Parasitária Bovina

Saúde Animal

A TPB, é uma das maiores causas de mortalidade em diversas categorias de animais, tendo enorme importância nos sistemas pecuários. Tristeza parasitária bovina compreende o complexo de 2 enfermidades causadas por agentes etiológicos distintos, porém com sinais clínicos e epidemiologia similares: babesiose e anaplasmose. A babesiose é causada pelos protozoários Babesia bovis e B. bigemina e anaplasmose pela rickettsia Anaplasma marginale. Estes agentes são parasitas intraeritrocitários e a enfermidade é causada pela intensa destruição dessas células do hospedeiro. No Brasil o agente transmissor é o carrapato Boophilus microplus (América, África e Austrália), sendo transmitidos por outras espécies de carrapatos em outros países. Anaplasma marginale é transmitido, também, por insetos hematófagos.

O carrapato transmite a B. bovis através das larvas e a B. bigemina através das ninfas e adultos iniciais e se infecta na fase final de ingurgitamento. Os surtos ocorrem, geralmente após reduções temporárias da infestação por carrapatos, devido a condições climáticas desfavoráveis ou como aplicação intensiva de carrapaticidas.

Os principais sinais clínicos da TPB são hipertermia, anorexia, pelos arrepiados, redução dos movimentos de ruminação, anemia, icterícia (mais frequente e intensa na anaplasmose), hemoglobinúria (ausente na anaplasmose e mais frequente na babesiose por Babesia bigemina), abatimento, prostração, redução da lactação e sinais nervosos de incoordenação motora.

Sinais patológicos, lesões encontradas na necropsia:

  1. Mucosas e serosas anêmicas ou ictéricas;
  2. Fígado escuro e aumentado, com congestão;
  3. Baço escuro e aumentado, com congestão;
  4. linfonodos entumecidos e escuros;
  5. Bile espessa e grumosa;
  6. Vesícula biliar distendida;
  7. Congestão cerebral (B. bovis);
  8. Bexiga com urina vermelho-escura (B. bigemina).

Para o diagnóstico da TPB devem ser levados em conta dados epidemiológicos, sinais clínicos e lesões observadas na necropsia. Porém, o diagnóstico definitivo e específico, só é possível através de exame laboratorial, com a identificação do agente e das hemácias parasitadas.

Em zonas enzoóticas o tratamento deve visar a recuperação do animal com o desaparecimento dos sinais clínicos, no entanto, eliminar o agente. O tratamento esterilizante torna o animal suscetível. O tratamento deve buscar o equilíbrio entre o parasita e o hospedeiro.

Babesiose/anaplasmose – Imizol na dose de 1 ml / 40 kg de peso vivo em caso de prevenção e no tratamento associado a um protetor hepático.

O controle pode ser feito através do Manejo (áreas livres, áreas de instabilidade enzoótica, áreas endêmicas) medidas profiláticas (premonição, quimioprofilaxia e vacinas).